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Torres Vedras, Portugal
ALÉM DE AMAR JANIS JOPLIN, TAMBÉM ESCREVO E PINTO

24.2.08

Corte da palavra


Fazer da palavra o elemento sonoro que transcenda em essência e como flechas de fogo vão directas como um raio ao ouvinte, eis uma busca, uma insistente e exaustiva trajectória que tenho experimentado.Do papel à parede, da parede ao palco, do silêncio da escrita ao grito da fala. Perceber na palavra a sua funcionalidade em cada um desses contextos. Escrever. Grafar. Falar. Desde que em cada um desses momentos, ela a palavra, seja o fiel da balança. O pêndulo. A espada afiada com que tantos tentam fazer do texto a ferramenta principal. Estreitando mais ainda ou afiando ainda mais a lâmina, diria que fazer do poema o veio dramático para um papel de actor, consiste em não abrir mão em nome de qualquer funcionalidade que outro texto permitiria, e tentar tirar o leite das pedras, as plumas do cão.

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