Tudo imóvel...inerte
O lençol branco guarda um corpo
E o corpo arfa Imperceptível
é o movimento do corpo
Como imperceptível
é o movimento dos lábios
da mulher que reza em silêncio,
cabeça guardada por um véu negro,
face velada
Tudo mantém-se quieto
como figuras que secam
E a mão do pintor detém -se
diante da tela
até o findar da hora
Quando só então, exausto,
o pintor dará uma segunda COBERTURA,
e fechará a porta,
como uma mortalha,
sem antes depositar
a sua assinatura
no canto direito
como uma flor de cera
Bê
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