A imobilidade indecente
da folha de papel
à minha frente
O seu desprezo aparente
à minha angústia
A total recusa
da folha à entrega
A sua brancura
perversa escura.
Ah! a total falta
de inspiração por lucidez alta
E, ainda assim,
um coração, não sei onde, bate,
insistente, o coração bate
Mas a folha surda
não se abre
E a minha caneta?
esta chave que é menor que a fechadura
Em tardes assim, ainda assim, escrevo,
sem escrever
Escrevo sem movimentar um dedo
Escrevo para tudo que morreu
e já não sabe ler.
da folha de papel
à minha frente
O seu desprezo aparente
à minha angústia
A total recusa
da folha à entrega
A sua brancura
perversa escura.
Ah! a total falta
de inspiração por lucidez alta
E, ainda assim,
um coração, não sei onde, bate,
insistente, o coração bate
Mas a folha surda
não se abre
E a minha caneta?
esta chave que é menor que a fechadura
Em tardes assim, ainda assim, escrevo,
sem escrever
Escrevo sem movimentar um dedo
Escrevo para tudo que morreu
e já não sabe ler.
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